Estamos a praticamente duas
semanas do início da corrida eleitoral 2012. Dias finais e definitivos para os
partidos confirmarem seus candidatos e coligações, e para os candidatos
definirem suas estratégias e plataformas de campanha. Para grande parte dos
eleitores estamos a praticamente duas semanas do inferno!
A inadequação de forma e conteúdo
das mensagens eleitorais, a má utilização dos veículos de comunicação, o
desrespeito e despreocupação com os hábitos do eleitor, bem como seus gostos e
costumes, transformam as campanhas eleitorais em um período de sacrifícios para
aqueles que não dispõem de tv a cabo e/ou internet. Sem propostas convincentes,
campanhas estruturadas, comunicação integrada e treinamento midiático, o que
candidatos tentam passar aos eleitores não consegue ultrapassar os filtros mentais
que estes usam para se proteger de baboseiras, mentiras e intromissões.
Devemos ressaltar que neste
ano a campanha feita de qualquer forma, sem compreensão das necessidades do
eleitor, das demandas do município e das rejeições dos cidadãos, não obterá o espaço
de outrora. Velhas técnicas e procedimentos eleitoreiros não encontrarão mais
aquele eleitor despreparado, oprimido por cabrestos, passivo frente à
truculência e incompetência comunicacional de aspirantes ou velhos políticos. Se
em algumas cidades estes comportamentos ainda são frequentes, uma boa parte da
população já está liberta e consciente destas práticas arcaicas.
Considerando as últimas enchentes,
providas por águas caudalosas e sujas derramadas por uma cachoeira de
escândalos que desconstruiu todo cenário político goiano, teremos nestes meses
que antecederão as eleições uma demonstração extraordinária de esforços inócuos
e dinheiro desperdiçado, por partidos e candidatos que terão como único
objetivo reconquistar a crença dos eleitores em suas propostas e posicionamentos,
sem, no entanto, se equiparem com o ferramental estratégico adequado.
Obviamente que a
proporcionalidade dos esforços demandados será de acordo com fatores prévios
apresentados pelos pleiteadores de votos: histórico e postura, ausência de
envolvimento direto em escândalos, ficha limpíssima e aliados certos. Destaco
também, como fator preponderante, a necessidade de uma comunicação e exposição
adequadas. Mais do que simplesmente falar, o candidato deve falar a coisa certa
e da forma adequada ao seu público! Mais do que aparecer, o candidato precisa
definir, estrategicamente, onde e quando aparecer, e ao lado de quem é
conveniente aparecer!
O político que intenta um
cargo executivo ou legislativo em 2012 deverá atender aos requisitos exigidos
pelo povo, além de estar bem assessorado por profissionais que farão, por meio de
técnicas, a adequação da mensagem e do posicionamento do candidato à
compreensão, aceitação e adesão dos eleitores.
Marcos Marinho
Consultor e Professor
de Marketing Político
twitter: @mmarinhomkt
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