Existem
vários fatores que norteiam a participação popular no pleito eleitoral e na decisão
de voto, mas infelizmente parece que estamos participando da forma errada.
Considerando
o processo eleitoral que estamos vivendo, assim como todos os anteriores,
podemos perceber, ao olhar com um pequeno distanciamento das passionalidades
políticas, que não estamos produzindo um sistema de escolhas que consideram
habilidades e competências como captadores de votos, mas popularidade.
Observando
todas as pesquisas veiculadas nos meios de comunicação, incluam-se as
pré-eleitorais e também as mais recentes, desde o primeiro momento tivemos a confirmação
de que os eleitores em suas manifestas intenções de voto não estavam avaliando
propostas ou competências pertinentes ao atual momento histórico, político e
econômico que vivemos, mas o simples recall de marca deixado pelo candidato A
ou B.
Não
é possível o eleitor decidir seu voto nas eleições de 2014 antes de conhecer,
confrontar e se convencer de que as propostas e capacitações do candidato A ou B
são melhores que as dos candidatos C, D ou E. Não se o critério adotado for a
resolução de problemas atuais e a capacidade de conduzir ações que otimizem e
melhorem nosso Estado.
O
que foi feito por alguém em tempos passados, e não importa se foi há 20 ou 4
anos, não é garantia para o que efetivamente fará nos próximos quatro. Ao
analisar o perfil do candidato, mais do que reconhecer seus feitos de outrora,
precisamos avaliar se ele possui atributos suficientes para vencer os desafios atuais
e futuros. Todo material se desgasta com o tempo de uso e aparentemente não
consideramos essa premissa básica na hora de escolher as fundações que usaremos
para construir nossos próximos anos.
Consentindo
então que os eleitores estão menos ligados nos projetos e nas capacidades do candidato
para enfrentar os desafios que este terá pela frente e mais na batalha de
produções audiovisuais e repercussões nas mídias impressas das imagens
produzidas pelas grandes estruturas de campanha, continuaremos acompanhando a
tradicional disputa de popularidade entre candidatos que fazem parte da
história dos pleitos eleitorais deste estado, e que há mais tempo descobriram
os caminhos para se assentarem nos tronos do poder político e partidário.
Quanto
aos demais candidatos, penso que precisam conhecer uma regra básica que usamos
nos mercados empresariais e que se adequa perfeitamente ao pleito eleitoral: “se
você não é o maior, precisa ser o mais ágil, se não é o mais forte, precisa ser
o mais inteligente.”
Marcos Marinho
Professor e Analista Político
Apresentador do Programa
CONTRADITÓRIO
@mmarinhomkt
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