Se existe um ponto
pacífico entre os opositores ao governo Marconi Perillo é de que o nome Iris
Rezende será definitivo para o alcance de suas pretensões em 2014. Encabeçando
chapa ou não, todos reconhecem o peso desta marca para agregação de partidos e
reunião de condições para disputa.
Porém um fato passou a inquietar-me
de uns tempos pra cá. Passei a perceber uma movimentação nas fileiras Iristas,
que até então não havia cogitado: Ele pode ser Ela.
Partindo de conjecturas
pessoais e análises da plêiade opositora, pouco combativa, presente em nosso
estado, me ocorreu este questionamento: poderia em 2014 o grande general
PMDBista Iris Rezende lançar mão de um expediente diferente do que se espera, e
projetar a senhora Iris de Araújo à disputa pelo Palácio das Esmeraldas?
É fato que ela não é
despreparada para esta empreitada. Com um histórico de vitórias nas urnas e
muito envolvimento com a política goiana e nacional, Dona Iris pode ser uma
cartada adequada para surpreender a todos no próximo embate Iris vs. Marconi.
Se depender de suas últimas exposições midiáticas, esta teoria pode tornar-se real.
Empunhando a bandeira
da oposição atuante e destemida, Dona Iris tem puxado orelhas e exortado o
levante dos acomodados opositores ao governo. Declarando publicamente que fará
a caravana da oposição, mesmo que sozinha, a deputada tem se mostrado firme e
disposta a enfrentar o arquirrival de seu marido, em praça pública.
Pelo viés do marketing,
vejo nesta estratégia um bom potencial. Teremos em 2014 uma mulher com alto
índice de aprovação buscando sua reeleição, Dilma. Este fato pode ser bem
utilizado para quebrar paradigmas e resistências dos eleitores goianos mais
tradicionais, trazendo na esteira da presidente, a candidata goiana. Teríamos a
primeira mulher governadora do estado, ladeada pela primeira presidente mulher
do Brasil (duas vezes aprovada pelo povo). Digo isso embasado nas tendências
registradas nas últimas pesquisas divulgadas.
Ressalto as variáveis
envolvidas nesta proposição: a reconhecida marca Iris Rezende, a possibilidade
da primeira mulher no comando do estado, o momento propício e a assumida
expectativa do povo por novidade. Adiciono ainda a forte movimentação de Dona
Iris, o recuo de seu esposo, e também a possível adesão de JR Friboi que, em
minha opinião, pode negociar muito bem sua invasão às terras pouco produtivas
do PMDB. Teríamos a junção de muito dinheiro com bom capital político, fatores
essenciais para uma boa campanha.
É claro que não posso
descartar a possibilidade de Dona Iris estar apenas cozinhando todo mundo, e
preparando a ceia para seu general Iris Resende. Mas, de qualquer forma, é
interessante observar que mesmo com muitos soldados jovens entrincheirados, a
força do exército oposicionista ainda se concentra nas habilidades e estratégias
das velhas raposas goianas (em sentido nada pejorativo!).
Marcos Marinho
Professor e
Consultor Político
Twitter:
@mmarinhomkt
Eu já havia pensado nessa possibilidade e com toda certeza, creio que seria muito bom, pois D. Iris tem muita bagagem e está completamente apta a governar o estado.
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