Começou
o período eleitoral deste ano, desde 06 de Julho as campanhas estão liberadas
para ganhar as ruas. Talvez por vivenciarmos as emoções da Copa do Mundo no
Brasil, e por ser a reta final, eleitores e campanhas ainda levarão um tempo
para se encontrar pelas ruas das cidades, embora nas redes sociais algumas
mensagens e materiais já tenham começado a ser disseminados.
Nos
meios de comunicação tradicionais, como já vinha acontecendo de modo mais
esparso, os temas eleitorais já ganham as manchetes diariamente. Com a
costumeira divulgação de resultados de pesquisas de intenção de votos, jornais
garantem sua demanda ao anunciar os números que destacam as atuais impressões
do eleitorado e suas tendências de voto.
Na
pesquisa Serpes/OPOPULAR divulgada nesta semana, os eleitores puderam constatar
algo que já vinha sendo comentado em todas as rodas de conversa sobre política,
pelas ruas de Goiás: a polarização entre os nomes de Iris Rezende e Marconi
Perillo, os dois maiores rivais políticos do Estado, continua.
Sem
entrar nas questões numéricas, o que mais chama a atenção é vermos novamente a
reprodução de um cenário que persiste desde 1998, em que Iris e Marconi lutam
pela mesma vaga. O fato fica ainda mais chamativo quando lembro das manifestações
populares de 2013, onde milhares foram às ruas para gritar pelo novo e afirmar
que não se sentiam representados pelos políticos que estavam no poder.
Detentores
do poder, diretamente ou através de seus grupos, pelos últimos 32 anos, Iris e
Marconi não podem ser encarados como “novo”. Talvez esse seja o maior desafio
de suas campanhas: encontrar alguma novidade que justifique mais 4 anos de
mandato para um dos dois.
Pensando
no grito pelo novo, ecoado pelas ruas no ano passado, tento entender os números
manifestados no resultado das últimas pesquisas que mantem a tradicional
polarização entre os dois principais candidatos ao governo goiano. Será apenas
um reflexo do nível, inconteste, de conhecimento por parte dos eleitores sobre
esses dois nomes? Será que ainda representam em algum nível os anseios do povo?
Será que a falta de visibilidade e de conhecimento sobre outros candidatos faz
com que as escolhas continuem no patamar do conhecido ante ao desconhecido?
O
fato é que os demais candidatos ao Palácio das Esmeraldas: Vanderlan
Cardoso(PSB), Antônio Gomide(PT), Marta Jane(PCB), Alexandre Magalhães(PSDC) e
Weslei Garcia(PSOL) precisam agilizar seus projetos de campanha, otimizar seus
recursos e causar algum impacto no cenário eleitoral caso desejem ocupar espaço
nas mentes e corações dos eleitores, para então se apresentar como uma opção
capaz de quebrar a polarização existente até o momento.
Marcos
Marinho
Professor
e Analista Político
Apresentador
do Programa CONTRADITÓRIO
marcos@mmarinhomkt.com.br
*Imagem da internet
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