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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O que defendem os black blocs?


Sou um observador político e me debruço dia-a-dia sobre várias informações veiculadas em muitos meios de comunicação, pois acredito que devemos buscar todas as verdades possíveis, a fim de construir uma opinião defensável sobre os fatos. Animal político por essência, concordando com Aristóteles, acredito que enquanto vivermos em sociedade somos obrigados a buscar clareza e entendimento sobre as possibilidades de gestão das diferenças, dos desejos conflitantes dos homens neste mundo de escassez.
Defendo o diálogo, o pluralismo de ideias, o contraditório, a revisão dos sistemas políticos e eleitorais, uma educação de qualidade, o acesso de todo cidadão ao maior número possível de meios de informação, ao ensino de direitos e deveres para as crianças já no período básico e mais uma série de coisas que impactam na sociedade da qual faço parte.
Por considerar que estou, minimamente, envolvido nos problemas políticos e sociais que afligem meus concidadãos, trago à baila a questão que titula este texto: O que defendem os black blocs?
Não reconheço neles alguma reivindicação pautada na coerência e análise, não os percebo dispostos a esclarecer suas intenções, não sei de ação deste grupo em prol de dialogar e, pelo menos, conquistar o apoio popular para suas requisições. Como uma turba agressiva e disposta a passar por cima de tudo e todos na busca da promoção do maior prejuízo possível para os governos, essa falange tem atuado durante as manifestações populares no país. Sua atuação criminosa teve, recentemente, uma materialização terrível, a morte do cinegrafista Santiago Andrade. Mas, antes disso, já destruíram muito do patrimônio público e privado, aterrorizaram muitos cidadãos e macularam várias manifestações populares dignas e corretas.
Quem são esses mascarados? O que defendem? Qual sua ideologia?
Se o anarquismo, que venham defendê-lo com argumentos, pois possuem o direito de defender suas crenças. Mas se estão sendo usados como massa de manobra nas mãos de pessoas que possuem outros interesses, ou se apenas querem gerar medo e destruição, passa a hora de serem refreados.
Somos uma sociedade democrática que ainda está aprendendo o que isso significa. E para manutenção desse status devemos todos lutar contra qualquer levante disposto a destruir nosso patrimônio, que intente instaurar o medo inibidor das manifestações legítimas e perverter as lutas em prol de melhorias para nosso povo.
Aquele que encontra na violência e depredação o único argumento para defender suas intenções é mais nocivo do que aquele contra quem luta!
Marcos Marinho

Professor e Consultor Político.

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