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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Pragmáticos ou programáticos, queremos resultados!

 
Está dada a largada para o pleito de 2014. Após o encerramento do prazo para filiações e transferências de partidos, quem tem interesses no próximo certame já se acomodou em algum barco embandeirado pela sigla que melhor lhe atende e, começou sua jornada.

Por certo que a legislação eleitoral apenas permite a campanha durante os três meses antecessores ao dia da votação, mas sabemos que muito há que se organizar, combinar, planejar e viabilizar até chegar o momento de “pôr o bloco na rua” e partir para a batalha pelo voto.

Outra situação determinada pelo avançar do calendário é a imutabilidade do processo eleitoral de 2014, aquele que deveria sofrer modificações apoiadas por uma reforma política consolidada por um plebiscito proposto pela presidente, mas que não saiu do papel, e se configurou em nada mais que bravata para acalmar certo furor que emanava das ruas no mês de junho de 2013.

Em meio ao rebuliço causado pelas idas e vindas de parlamentares que buscavam se escudar no partido que lhes assegurasse mais vantagens, muito se questionou sobre as motivações de algumas alianças. Penso que questionar afinidades ideológicas e programáticas em um sistema com 32 partidos políticos constituídos, que não passam, em sua essência, de mais do mesmo - e onde quase todos os seus agremiados já rezaram outras cartilhas - é demagogia.

Não sou a favor da desqualificação ideológica da política, tampouco defendo o jogo de poder que sobrepujou as causas sociais, mas também não tolero esse falso moralismo propalado por pseudos defensores da essência política. Os mesmos que fazem acordos por baixo dos panos, cooptam seus opositores com dinheiro e benesses, apertam mãos outrora amaldiçoadas em troca de exposição televisiva, e ainda posam de vestais frente aos humildes e carentes de politização.

Não sei se os fins justificarão os meios, mas acredito que só teremos um país digno e com uma política efetiva, no tocante a equalizar as diferenças e produzir satisfação coletiva, com representantes à altura de nossas demandas e sonhos, quando irrompermos essa cortina de fumaça posta pelos senhores feudais do executivo e legislativo, que dominam as casas do povo por décadas a fio.

Devemos promover uma revolução de caras, pensamentos e atitudes. Precisamos quebrar o círculo vicioso do poder, que nos subjuga e oprime, dando início ao círculo virtuoso que trará o povo para o debate politizado, produtivo e verdadeiramente ideológico.

Pragmáticos ou programáticos, o que a população precisa é de atenção, proteção e respeito, não só discurso.
Marcos Marinho

Professor e Consultor Político.

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